Transformando As Pessoas Um Diálogo Por Vez

Por Al Felix

Em seu livro Evocative Coaching: Transforming Schools One Conversation at a Time (Treinamento Evocativo: Transformando Escolas Um Diálogo Por Vez), Bob e Megan Tschannen-Moran expuseram uma declaração que me deixou intrigado. Eis a declaração: “A maioria de nós não resiste à mudança; resistimos ser mudados”. Ao longo dos últimos 15 anos de minha experiência em liderança, observei que muitos líderes tendem a ser verdadeiros “consertadores de pessoas”. No entanto, as pessoas não precisam “ser consertadas”. Elas resistem a isso. As pessoas e organizações precisam ser transformadas!

Então, imagine que a transformação poderia começar com uma simples conversa, um diálogo de cada vez. Poderíamos chamar isso de a “revolução do diálogo”.

O Que A Maioria Das Pessoas Não Faz Bem

Geralmente, a maioria de nós não tem paciência para ouvir os outros. Não sabemos como fazer perguntas abertas que induzem as pessoas a se descobrir a si mesmas. Não sabemos como ajudar os outros a estabelecer e atingir seus objetivos. Não sabemos como promover responsabilidades pessoais sem apontar os erros e a culpa alheia. Simplificando, não entendemos como capacitar as pessoas. Uma das maiores razões pelas quais precisamos de uma revolução do diálogo é porque, na maioria das conversas, do diálogo, alguém está tentando forçar sua visão de mudança em outra pessoa. Ou, a pessoa está dando seus conselhos em vez de ajudar a outra pessoa a descobrir suas próprias soluções. Ela está apenas falando para a outra pessoa, em vez de induzi-la a pensar na solução. O que precisamos fazer é aprender a capacitar as pessoas para que elas descubram suas próprias soluções.

Uma “Revolução do Diálogo” Através Do Coaching

Minha experiência na estrutura de liderança de igrejas, nos últimos 15 anos, levou-me a acreditar que a maioria de nós não domina a arte de ter bons diálogos. Quando você lê os evangelhos, percebe que Jesus tinha uma comunicação que chamo de “a comunicação de servo”. 

A “comunicação de servo” ocorre em conversas onde assumimos o papel de servo e tornamos a outra pessoa o foco da nossa ajuda, fazendo perguntas que induzem à descoberta de soluções, em vez de forçar nossas próprias agendas e conselhos que elas não solicitaram nem precisam. Isto é o que chamamos de coaching – ajudar as pessoas a mudar sem dizer exatamente à elas o que fazer, mas induzi-las a suscitar respostas que já estão ao alcance delas. Equipar líderes para exercer o serviço de coaching poderia impulsionar a revolução do diálogo. Observe como:

Treinar Líderes Para Exercer o Serviço de Coaching Os Capacita Para...

1. Ouvir. Ouça de verdade, não escute apenas. Perceber realmente o que de fato se ouve. Só isso já revolucionaria quase todas as conversas e relacionamentos que tivermos.

2. Fazer perguntas abertas que induzem à descoberta pessoal e desafiam paradigmas preconcebidos.

3. Ajudar as pessoas a estabelecer e alcançar seus objetivos. Quando ajuda as pessoas a realizar seus sonhos, você as torna mais abertas e felizes.

4. Ajudar as pessoas a assumir responsabilidades para conceber e descobrir suas próprias soluções de desafios que as impedem rumo às reais transformações. Alguns podem chamar isso de “tomar o controle” das circunstâncias e situações da vida.

5. Ajudar as pessoas a mudar sem dizê-las o que fazer. Em outras palavras, o coaching ajuda-nos a resistirmos dar conselhos, mas a induzirmos as pessoas para o caminho onde elas mesmas achem suas próprias respostas para os problemas.

6. Ajudar as pessoas a gerenciar os compromissos que assumem; sem precisar recorrer à crítica e à culpa. Esta abordagem proporciona um foco positivo para a prestação de conta.
              
7. Criar “zonas seguras” e livres de julgamentos enquanto as pessoas saem de onde estão para onde Deus quer que estejam.

8. Criar uma abordagem que capacita as pessoas, em vez de apenas torná-las meros ouvintes.


Desse jeito, treinar líderes para que realizem o serviço de coaching resultará numa “revolução do diálogo” que capacitará as pessoas a saírem de onde estão para um lugar onde Deus quer que estejam, sem dizê-las exatamente o que devem fazer. Você não acha que está na hora de uma revolução nos seus diálogos?

É isso.

Comentários